A inovação: Games for Change – Real world games, Real world imapct.



Eu sou um confesso “fuçador” na internet. Adoro procurar assuntos e suas ramificações até a exaustão, principalmente sobre minhas temáticas preferidas: artes marciais; mitologia; Ásia e logicamente games.
Muito além dos sites como Newgrounds e Miniclip, que também creio que seja um ótimo hunting-ground para temas e pesquisas de tendências, adoro procurar aquele “algo mais”.
Nesta prática recorrente, encontrei o Games for Change, para os íntimos G4C.
Sugiro uma visita com calma, onde possam ser lidos os textos e também apreciar os jogos.
Esta instituição tem uma proposta muito interessante, pois além de desenvolver jogos para empresas, busca promover forte interação com artistas, universidades e ONG´s.
A temática dos jogos é dividida em canais:
- Direitos Humanos;
- Economia;
- Políticas Públicas;
- Saúde Pública;
- Pobreza;
- Meio Ambiente;
- Conflitos Globais;
- Notícias;
- Política.
Existem jogos que são simples e nada desafiadores, mas também outros muito originais. Realmente uma forma de aprender particularidades interagindo como se fosse um refugiado ou um fazendeiro de terceiro mundo. Existem as modalidades de simulador, que apresentam diversas possibilidades, desde planejar uma cidade para enfrentar desastres naturais ou questões político-administrativas, com o objetivo de gerenciar equipamentos públicos para entretenimento, cultura e saúde da população. Não vou entrar em mais detalhes, para que fiquem curiosos e procurem saber mais no próprio site.
Além das parcerias, outra ação que a G4C promove anualmente é um festival que com uma série de palestras, brainstorms e o principal: a premiação de jogos.

Curioso? Quer saber mais? Entre no site, leia, jogue e divulgue.

A arte interativa hoje promovida pelos jogos

Era para ser um post meramente casual, apenas indicando o link do Pollock, mas transformou-se em algo maior do que eu poderia imaginar. Fui associando referências e fugiu de meu controle. Muito do que for escrito aqui merecerá receber postagens melhores elaboradas.

Recentemente, um amigão de infância Thiago Larangeira, perguntou-me se eu conhecia um jogo chamado OKAMI. Não sabendo do que se tratava, fui pesquisar e tive uma grata surpresa. Baseado na cultura japonesa, o player interage com o personagem principal, por meio de um pincel (para entender veja o Clip). Realmente as cores e a trilha sonora são de impressionar. Com dinâmica de uma pintura sumi-ê desenvolvida na velocidade em que os fatos ocorrem, tem-se um resultado maravilhoso.
Para quem conhece o artista Jackson Pollock , um site bem divertido, a medida que o mouse percorre a tela, vão surgindo traçados que remetem diretamente ao expressionismo abstrato de JP.
Agora para escrever este post, fui pegar o link, e no site descobri que foi desenvolvido o aplicativo para celular. Com isso me lembrei dos novos monitores sensíveis ao toque, que permitem criar desenhos na ponta do dedo. Esta interatividade existe há tempos. Quem não se lembra a novidade que foi quando os computadores surgiram com o Paint Brush, ou mesmo um jogo de Mega Drive chamado Art Alive.
Porém a música vem desenvolvendo algo muito mais expressivo. Lembro-me de um jogo para Game Boy que até hoje movimenta fóruns, inclusive um dos maiores entusiastas é Malcon Maclaren do Sex Pistols(aqui tem um texto que ele escreveu ( 8-Bit Punk ). Outro exemplo inegável são os jogos como Guitar Hero e Rock Band, que não sendo tão interativos a ponto de criar as músicas, levam gerações mais novas a terem contato com um Rock´n´Roll de primeira linha e despertam o interesse de aprender a tocar os instrumentos.
Não podemos esquecer da banda brasileira Lens Kraftone, que os músicos com controles do wiimote, simplesmente agitam a mão no ar como se tocassem equipamentos imaginários.
A arte hoje acaba tendo um conceito acessório, principalmente nas concepções mais experimentais ou conceituais. Quem nunca viu o conceito toy-art, ou o mercado de decoração para telas e esculturas (cujas obras são feitas por encomendas e caso não fique bem no ambiente podem ser trocadas). Fico imaginando a soma desses dois elementos: arte e interatividade digital. Pois antes, para pintar uma tela, era necessário domínio de técnica e materias, assim como para aprender um instrumento musical era necessário ter-lo fisicamente.
Falar que a tecnologia substituirá tudo, considero um gigantesco absurdo, na verdade vejo a tecnologia voltar a atenção e o interesse a algo que se faz acoplado a ela, sendo uma auto-referência. Pois existe o desenvolvimento da sensibilidade, tratando-se portanto, de uma nova maneira de ser introduzido e tomar gosto pela arte.

Workshop Internacional promovido pela Amana-Key sobre Games

Em junho haverá um grande evento com a temática do nosso blog. Será promovido pela Amana-Key, um Workshop Internacional, intitulado: Hora de mudar planos ou transformar a percepção dos jogos que criamos.
Este Workshop contará com um grupo de especialistas de vanguarda, autoridades em gestão de líderes de grandes organizações e produtores de games educativos.
O programa segue dividido entre apresentações e dinâmicas expondo uma série de idéias que nunca foram apresentadas no Brasil, por exemplo:
- posição dos jogos no contexto mundial atual;
- valores humanos;
- estruturação de redes humanas;
- Trabalhos em grupos utilizando "workmats" desenvolvidos para este evento.
Se você não ouviu falar deste evento, entre no site do Workshop.
Outras informações na página da Amana-Key.
Um dos ancoras do Evento, Oscar Motomura, é o diretor da instituição, que serve de referência mundial para líderes, baseando-se na mudança cultural para inovação.
Creio que este vídeo é uma boa síntese de quem é o Oscar Motomura, a Amana-Key e o que podemos esperar deste evento:

Pesquisa mostra que não é a violência que faz jogos serem atrativos.

Pesquisadores da Universidade de Rochester publicaram na última sexta-feira, uma pesquisa que quebrou um paradigma sobre os video games.

A conclusão da pesquisa é que um jogo não é atrativo pela violência e sim pelo nível de desafio. A motivação dos jogadores está ligada à satisfação psicológica. A evolução dentro de um roteiro, qual ele vença obstáculos e sinta-se eficiente. Principalmente pelo sucesso da autonomia de suas ações na estratégia desenvolvida.
Foram aplicados questionários a mais de 2500 jogadores habituais e 300 estudantes universitários. As perguntas vinham depois dos voluntários terem jogado uma plataforma de tiro em primeira pessoa em duas situações diferentes:
1- Uma caçada, onde estavam sujeitos a matar ou morrer, com muito sangue jorrando a cada adversário alvejado;
2- O mesmo jogo, só que não se atirava, apenas "marcava" o adversário, que evaporava de modo sereno até desaparecer quando derrotado.
Tais questões eram sobre a comparação dos jogos, as preferências, o que agradou e desagradou. A grande maioria rechaçou a violência e agressividade explícita.

O diretor do Centro para o Estudo da Violência de Iowa State University, Craig Anderson, afirmou que trata-se de um trabalho muito importante, onde um mito foi derrubado: violência faz os jogos serem divertidos.

Idéia Central

Depois da introdução, acho de que seria interessante escrever um pouco mais sobre os objetivos deste espaço, principalmente de algumas concepções que possuo. Posteriormente, provavelmente em outro tópico, abordarei brevemente o histórico versus estado da arte atual.
Após ver uma série de documentários, que serão postados aqui, vi um linha do tempo contínua, diretamente ligada à vida de quem nasceu nos anos 80, onde muitos desses fatos ajudaram a construir o cotidiano. Agora com toda discussão do futuro dos jogos, quero ir muito além das plataformas de tiro e aventuras sanguinolentas que fazem parte dos noticiários sobre suas proibições, com resultados apenas midiáticos. Quero enfocar mais além, chegar na “usinagem” do conhecimento daquilo que vem fazendo a diferença: e-learn, adver-games, jogos poeticamente corretos.

Frente a tudo isso, apresento duas questões:

O QUE TEMOS PARA APRENDER COM OS JOGOS?

QUAL A CONTRIBUIÇÃO QUE NOS CABE EM TUDO ISSO?

Eu não tenho uma resposta para tais questões.
Desde que tive a idéia do blog e resolvi desenvolver esta abordagem sobre os games, constantemente faço estas e outras perguntas. Buscando óticas de modo que possa entender a situação atual e os futuros rumos desta indústria, que contraria a crise e promove crescimento de seus indices.
Vejo dentro de tudo isso, uma constante evolução. Quanto mais o tempo passa, cada vez mais, gerações e gerações familiarizaram-se com o sistema de entretenimento, ligado a todo um contexto tecnológico de informação. Neste universo existem outros aparelhos, embora haja a tendência de juntar tudo ou quase tudo em um equipamento só, cabe aos jogos apesar de lúdicos, desenvolver e manter basicamente duas coisas: a agilidade mental e a coordenação para o manuseio de um artefato de interação de histórias.
Um ponto chave deste tema, é considerar que tal hábito que cresce com seu usuário (da infância a fase adulta), motiva amplas utilizações, por exemplo, atividades de execução remota: operar pacientes, desativar bombas, e tudo isso pela familiaridade de apertar botões e pela transposição espacial por meio de um controle.
De fato este exemplo foi um tanto quanto distante, mas o que dizer de simuladores que empresas utilizam-se para treinar funcionários e sistemas de educação a distância, que de certa forma respeitam a estrutura de um jogo? Esta familiaridade, impulsiona a mudança?
Obviamente, que tem uma série de paradigmas sendo quebrados, devido a velocidade das transformações. Recentemente a CNN veiculou uma matéria de mais de 2 horas sobre o uso do Wii em asilos, como sendo uma aposta de combate ao sedentarismo e depressão através da recreação. Enfim, mais um paradigma quebrado, que há alguns anos atrás poderia ser considerado como um absurdo, principalmente pelos próprios usuários em questão.
Sei que coloquei muitas idéias, talvez eu fui um tanto quanto inconcludente, a idéia realmente era essa, munir o pensamento apresentando alguns pontos de vistas que serão desenvolvidos melhor no futuro.
Espero que tenha conseguido induzir a alguma alguma reflexão.

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Olá a todos.
É com muita alegria que começo escrever estas palavras.
Basicamente elenco aqui duas razões:
- o meu grande interesse por jogos, e sua influência na sociedade de modo geral;
- estar conectado ao conceito advindo da WEB 2.0, a interatividade de comunicação e arquitetura social, algo que considero extremamente facinante e importante.

Espero que este espaço possa contribuir para boas conversas, novas idéias, então saibam que eu conto com participação de todos, ok?

Ufa, este primeiro post, criar o blog e tudo mais, foi mais fácil do que eu pensei.